Castelos e viagens na Europa

Da série das pérolas das aulas do museu do Louvre, hoje a curiosidade vem de uma estátua que está em Orsay. No século XIX houve uma volta ao neoclássico, ao retrato de um corpo perfeito e idealizado na escultura e na pintura. Pode-se dizer que o primeiro sopro de naturalidade tenha vindo com Rodin e a obra " L'Âge d'airain ", sua primeira obra em bronze feita em 1877. Com ela Rodin buscava a celebridade, que veio depois de muitas controvérsias. A estátua é baseada no modelo de um jovem soldado belga , Auguste Neyt, de 22 anos. Devido a fineza dos traços, o realismo da obra, o aspecto de vida que ela apresenta acusaram Rodin de haver moldado o corpo do jovem: um crime contra a arte, dirão alguns. Rodin tem que provar que toda aquela naturalidade vem do seu gênio e é isso que o faz ser um grande artista. Falando em moldes, a estátua sobre a qual quero comentar hoje  foi encomendada por Alfred Mosselman . Ela também foi razão de escândalo n o Salão

No Brasil é muito normal que um louco pense ser Napoleão. Pensei que pelo mundo também era assim. Claro que quando as pessoas "visitam" suas vidas passadas sempre estão se relacionando com grandes figuras, como Cleópatra, Julio Cesar, Jesus, entre outros... Ao perguntar aos franceses quem eram os loucos a resposta não foi Napoleão. Na verdade Napoleão foi fundamental na história da França, mas não é mais admirado como o é no Brasil. É interessante ver como Napoleão construiu suas alegorias do poder e como pouco a pouco ele fois se transformando de personagem histórico, a mito e religião. Quando Napoleão tinha 27 anos ele era representado como líder dos soldados, sempre a frente do batalhão, vestido com roupas militares, cabelos ao vento, a espada e a bandeira em movimento. Era a valorização do herói contemporâneo que estava em jogo. Esse quadro de Gross retrata ele atravessando a ponte de Arcole. No episódio real a bandeira caiu no rio durante essa passagem pela po