Pérolas do Louvre
A cada semana pretendo colocar uma curiosidade que aprendi nos cursos da Escola do Louvre. Não será nada didático ou acadêmico, somente uma pérola. Para formar o colar vocês podem pesquisar em artigos e livros especializados.
Primeira pérola:
A representação da Torre de Babel a partir do Renascimento
![]() |
Lucas van Valckenborgh (por volta de 1535) A torre de babel |
Muitos já devem ter visto os quadros que retratam o famoso episódio
bíblico da Torre de Babel. Uma longa torre em espiral, às vezes com pessoas
subindo, no meio de uma região desértica.
![]() |
Peter Bruegel (1563) Torre de Babel |
Mais ou menos 30 anos depois, a representação continua similar. Uma torre em espriral helicoidal. Mas de onde vem essa ideia?
No Livro Gênesis 11:1-9 há somente a passagem: " edifiquemos para nós uma cidade e uma torre, cujo cume chegue até o céu, e façamo-nos um nome; para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra"


Os califas Abássidas, terceiro califado islâmico, freqüentemente criavam novas moradas para diferenciar-se de seus antecessores. Alguns califas construiam novos locais, como por exemplo uma mequita, fora das cidades e ao longo dos anos acabavam por fundar novas cidades. No século IX, a dinastia abássida cria uma nova cidade, Samarra, que em 833 se torna a nova capital do califado no Iraque. Situada perto do rio Tigre e a 125 km ao norte de Bagdá, Samarra é hoje um Património Mundial da UNESCO. Infelizmente, em 2005, devido às guerras no país, a torre foi atingida na sua parte superior, mas já foi reformada, devido ao estatuto de patrimônio mundial.
Aqui um desenho do século XIX de Gustave Doré que continua a propagar a imagem da torre inspirada do minarete. O desenho se chama "A Confusão das línguas".
Comentários
Postar um comentário